Nesta semana tivemos o prazer de entregar para o mercado de franquias, mais especificamente para 121 franqueadoras, um relatório completo sobre a evolução da expansão e gestão nas redes de franquias. Esse relatório foi construído por meio de uma pesquisa realizada com essas empresas e traz um retrato sobre o cenário do franchising no Brasil. Temas como estratégia de canais, expansão, modelos de negócios, abastecimento, performance, entre outros, foram explorados, e trago aqui alguns dos nossos achados para compartilhar com vocês.
O mercado de franquias brasileiro sempre foi um exemplo de adaptação e crescimento, mas, como mostram os resultados da nossa pesquisa realizada para a 14ª edição do BConnected, estamos em um ponto de inflexão: a necessidade de equilibrar inovação e padronização. Esse será o diferencial competitivo das redes de franquias nos próximos anos.
Enquanto a tecnologia avança a passos largos, o elemento humano continua sendo o alicerce essencial para o sucesso das redes. Para prosperar em um mercado cada vez mais competitivo, as franquias precisam ser ousadas – não apenas na adoção de novas tecnologias, mas na capacidade de gerar impacto social, diversificar operações e integrar de forma eficaz todos os seus stakeholders.
O mercado de franquias brasileiro sempre foi um exemplo de adaptação e crescimento, mas, como mostram os resultados da nossa pesquisa realizada para a 14ª edição do BConnected, estamos em um ponto de inflexão: a necessidade de equilibrar inovação e padronização. Esse será o diferencial competitivo das redes de franquias nos próximos anos. Embora a tecnologia avance a passos largos, o elemento humano continua sendo o alicerce essencial para o sucesso das redes. Para prosperar em um mercado cada vez mais competitivo, as franquias precisam ser ousadas – não apenas na adoção de novas tecnologias, mas também na capacidade de gerar impacto social, diversificar operações e integrar de forma eficaz todos os seus stakeholders
A pesquisa aponta que, embora as franqueadoras estejam cada vez mais atentas à transformação digital, ferramentas como Inteligência Artificial (IA) e estratégias omnichannel ainda estão em estágios iniciais de adoção. Isso revela um vasto potencial inexplorado para as marcas que desejam se diferenciar. Por outro lado, o franchising tradicional, responsável por 79% das operações, continua sólido, com formatos mais acessíveis, como microfranquias e quiosques, ganhando relevância por sua flexibilidade e baixo custo de entrada. Esse movimento evidencia que o crescimento do setor está, mais do que nunca, atrelado à capacidade de adaptação e inovação.
Outro destaque da pesquisa é a necessidade de as redes de franquias adotarem estratégias de expansão que vão além do simples aumento de unidades. A verdadeira expansão deve gerar impacto nas comunidades, oferecer valor real para franqueados e consumidores, e criar laços autênticos. É nesse cenário que o franchising se destaca como um modelo de negócio que transforma vidas, ao mesmo tempo em que constrói relacionamentos duradouros.
Entretanto, o maior desafio continua sendo o fator humano. Atrair franqueados alinhados ao propósito da marca, manter equipes engajadas e garantir a satisfação do cliente exigem um esforço constante de suporte e capacitação. A integração de novas tecnologias pode ser uma aliada importante nesse processo, mas a atenção às necessidades humanas é o que garantirá o sucesso a longo prazo.
As redes que conseguirem equilibrar a inovação tecnológica com a personalização e o toque humano, sem comprometer a consistência da marca, estarão melhor posicionadas para crescer de forma sustentável. O setor de franchising brasileiro tem demonstrado resiliência e capacidade de se reinventar. No entanto, o caminho para o futuro requer ousadia – e essa ousadia não se limita à adoção de novas tecnologias. Ela se manifesta na capacidade de criar valor real, construir conexões genuínas e transformar a sociedade.
A pesquisa reforçou essa visão, trazendo insights que devem guiar o setor nos próximos anos. Redes que priorizam a inovação, a colaboração entre franqueados e stakeholders e a responsabilidade social estarão à frente no cenário competitivo. O franchising vai além de um modelo de negócios – é uma jornada de evolução contínua, onde o propósito e as pessoas estão no centro de tudo.
Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock