Inovações em meios de pagamento e live commerce estão fazendo barulho no varejo chinês

Diretora do AliExpress Brasil revelou cinco grandes tendências do varejo na China e como elas podem influenciar o mercado brasileiro

Imagine ir passar alguns dias em um outro país e não se preocupar em carregar nenhuma nota sequer da moeda local. Foi o que Briza Bueno, diretora do AliExpress Brasil, fez em sua última visita à China, encorajada pelo avanço do varejo chinês em novas tecnologias de meios de pagamento.

“Resolvi ter essa experiência e sair daqui do Brasil sem uma nota sequer de Yuan. E deu muito certo. Foi só fazer os cadastros para o débito em conta”, contou Briza ao finalizar seu painel no Fórum E-commerce Brasil 2023: ‘Futuro do Retail – desvendando tendências inovadoras na China’.

“Por lá é supernormal você ir a um restaurante, abrir o cardápio pelo QR code e escolher o seu pedido. Só que diferentemente do que acontece aqui no Brasil, ao clicar no prato escolhido, automaticamente ele já debita da sua conta, muitas vezes após o reconhecimento fácil. Essa é a tecnologia de meio de pagamento da vez no varejo chinês”, contou a executiva.

Com uma população de mais de 1,4 bilhão de pessoas, atualmente estima-se que 911 milhões de pessoas na China utilizam o reconhecimento facial como meio de pagamento. Fácil, rápido e sem o famoso ‘toque’, que apavorou o mundo, principalmente os chineses, no período de pandemia.

Quem também está explodindo e fazendo muito barulho no mercado chinês é o Live Commerce, segmento de e-commerce que movimenta 20% do mercado online chinês. A principal plataforma de varejo online ao vivo por lá é o Taobao, que tem inúmeros cases de sucesso.

Conhecido como ‘Rei do Batom’, Austin Li é um dos fenômenos chineses do Live Commerce. Ele chegou a fazer uma live de 12 horas, experimentando mais de 300 batons e arrecadando mais de 1,6 bilhão de dólares em venda.

“O Live Commerce é hoje um grande destaque no mercado chinês. Um dos grandes tipos de varejo na China. Aqui no Brasil ele já vem acontecendo, mas de maneira mais tímida. Tudo depende muito do público. E o brasileiro parece que ainda não se encantou com o Live Commerce”, revelou Briza.

Mais tendências do varejo chinês

Além dos avanços nos meios de pagamento e nesse verdadeiro boom do Live Commerce, Briza Bueno trouxe em seu painel no Fórum E-commerce Brasil outras três grandes tendências do varejo chinês que podem acabar inspirando os mercados pelo mundo.

Smart Stores – “São aquelas lojas que conseguem navegar bem pelo on e pelo offline. É o digital sendo a extensão do físico e vice-versa. Utilizar as lojas físicas como centro de distribuição para vendas online. São muitas variáveis”, conta Briza.

Key Opinion Consumer – “É a influência dos influencers. Isso funciona muito bem, principalmente em um varejo mais nichado, onde aquele especialista vai acabar influenciando os interessados naquele tema. Eles acabam sendo muito valorizados pela autenticidade e pelas experiências reais que compartilham com seus seguidores”, revela a executiva.

Social Commerce – “É basicamente uma relação social com o e-commerce e como isso pode ser feito em diferentes canais. É um modelo de compra onde são usadas ferramentas sociais e engajamento com os amigos. Compras em grupo, desafios entre conhecidos gerando descontos. É um engajamento social com o varejo”, finaliza Briza.

Com informações de Mercado&Tech
Imagem: Shutterstock

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