Estratégia que aproveita a conexão emocional dos influenciadores com seu público, o marketing de influência tem crescido no Brasil: o número de marcas investindo mais de R$ 1,5 milhão dobrou em comparação com o ano anterior.
Segundo o estudo “Quem te Influencia?”, da MindMiners e YouPix, as cinco marcas mais indicadas pelos influenciadores são O Boticário, Natura, Samsung, Avon e Blaze.
Segundo a pesquisa, 51% dos entrevistados afirmam que sempre se lembram mais dos anúncios que têm influenciadores, e 46% dizem que se um produto é usado por um influenciador, sentem confiança em usar também.
“O marketing de influência traz impacto, mas há espaço para ampliá-lo. Isso depende da conexão entre marca, influenciador e seguidor. Ambos precisam compartilhar valores e interesses comuns para que as recomendações façam sentido para os consumidores”, afirma Flávia Rodrigues, especialista da MindMiners.
Força da influência
Os resultados da pesquisa indicam que 6 em cada 10 seguidores já adquiriram produtos ou serviços recomendados por influenciadores, destacando a preferência por esse formato para a descoberta de novos produtos.
O número de seguidores, no entanto, não é o fator determinante para esses consumidores: 73% deles afirmam que um influenciador é alguém capaz de promover ideias e influenciar opiniões e comportamentos de seus seguidores, independentemente da quantidade de seguidores que possua.
“Essa é para nós uma característica que reforça que o conteúdo é a base da influência. São os criadores de conteúdo que estão solidificando a influência brasileira, a partir da genuína interação com suas audiências. Isso não é pouco, é o começo de uma revolução”, destaca Rafa Lotto, da YouPix.
Caminho entre interesse e compra
De acordo com a pesquisa, a autenticidade é o principal impulsionador do interesse das pessoas nos criadores de conteúdo como influenciadores. Para 49% dos entrevistados, o conteúdo do dia a dia é o formato preferido, seguido por dicas (44%) e caixas de perguntas em stories (37%).
Atualmente, a audiência está distribuída entre várias plataformas, com o Instagram liderando as preferências da audiência para seguir influencers.
O estudo destaca que, embora o influenciador desperte interesse, a venda real depende de diversos fatores: 67% dos entrevistados afirmam pesquisar a fundo sobre o produto ou serviço recomendado pelo influenciador antes de efetuar a compra, enquanto apenas 16% realizam a compra instantaneamente ao visualizar o post patrocinado do influenciador.
Somente 20% compram diretamente pelo link do influencer. Os consumidores compram majoritariamente por canais como marketplaces (49%), diretamente no site das marcas (34%) e em lojas físicas (33%)
“Vale ressaltar também que a pessoa pode ser influenciada e não comprar imediatamente. É possível que em um primeiro momento ela veja o post de indicação, e só alguns dias depois decida comprar, e não necessariamente pelo link indicado pelo influenciador”, afirma Flávia.
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