O consumidor brasileiro é o mais atento à validade das embalagens de produtos nas gôndolas. A conclusão é da pesquisa “Proteção alimentar – Percepção do consumidor latino-americano”, realizada pela Kerry.
Os latino-americanos têm uma percepção negativa de aditivos de preservação e, embora prefiram conservantes naturais, não se sentem totalmente seguros ao consumi-los a longo prazo.
“Um cruzamento interessante também é a questão geracional entre latinos, porque a geração Z é a mais flexível para receber conservantes artificiais, enquanto as gerações mais velhas se preocupam mais com a presença do sódio”, conta Carolina Orozco, coordenadora de Consumer Insights LATAM na Kerry.
O Brasil é o país que mais está disposto a retirar conservantes dos produtos, mesmo que isso signifique ao alimento ou bebida ter uma vida útil mais curta. Para 86% do público brasileiro, o consumo de conservantes tem efeito negativo a longo prazo. A afirmação é mais enfática quando vinda dos millenials.
“A indústria já conta com soluções naturais que aumentam a durabilidade dos produtos, mantendo-os saborosos, nutritivos e seguros por mais tempo. Isso é uma demanda e um desejo do consumidor, como aponta a pesquisa”, afirma Carolina Orozco.
Uma das maiores preocupações do brasileiro é analisar a rotulagem dos produtos para observar quais são seus conservantes: 74% dos consumidores brasileiros sempre revisam o rótulo e embalagem dos alimentos antes de efetuar a compra.
Atento ao desperdício de alimentos, 76% dos brasileiros afirmam que não desperdiçam alimentos porque a data de validade expirou. O número é o menor entre os países pesquisados.
O estudo analisou 300 casos em cada um dos países participantes, que foram México, Guatemala, Colômbia, Brasil e Chile.
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