A Boeing está em negociações para readquirir a Spirit AeroSystems, fornecedor de fuselagem de avião que vendeu duas décadas atrás e que tem estado no centro dos problemas de qualidade que afetam os modelos 737 MAX. A Spirit contratou banqueiros para explorar opções estratégicas e manteve discussões preliminares com a Boeing, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
As negociações podem não resultar em um acordo. A Spirit também está explorando vender suas operações na Irlanda que fabricam peças para o principal rival da Boeing, a Airbus.
Depois que o Wall Street Journal informou na sexta-feira sobre as discussões, a Spirit e a Boeing emitiram declarações confirmando que estavam discutindo uma possível fusão.
“Acreditamos que a reintegração das operações de fabricação da Boeing e da Spirit AeroSystems fortaleceria ainda mais a segurança da aviação, melhoraria a qualidade e serviria os interesses de nossos clientes, funcionários e acionistas”, afirmou a empresa em comunicado.
A Spirit, que fabrica fuselagens e outros componentes do 737, foi criada quando a Boeing vendeu algumas de suas fábricas em 2005. A empresa é responsável por quase dois terços das vendas da Spirit, com a Airbus e as empresas de defesa compreendendo o restante.
A Spirit tem estado sob escrutínio em relação aos problemas de fabricação que prejudicaram a produção da Boeing. A fábrica da Spirit em Wichita, Kansas, fabricou a fuselagem envolvida na explosão do plugue da porta de um avião da Alaska Airlines em janeiro.
Nesse caso, os investigadores acreditam que os trabalhadores de uma fábrica da Boeing em Renton, Washington, não colocaram os parafusos necessários para fixar a tampa da porta durante a produção.
Com informações de Dow Jones Newswires
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