A inadimplência no estado de São Paulo avançou 5,24% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com dados do Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas, um levantamento conduzido pelo SPC Brasil em parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do estado de São Paulo (FCDLESP).
O estudo aponta que esse dado ficou acima da média da região Sudeste, que é de 3,50%, e acima da média nacional, indicando 2,79%. No período de janeiro a fevereiro, o número de devedores em São Paulo caiu 1,84%. Na região Sudeste, a variação foi de 0,96%.
A média das dívidas de cada consumidor negativado em São Paulo em fevereiro de 2024 era de R$ 5.330,44. Dos consumidores do estado, 24,85% tinham dívidas de até R$ 500, enquanto 37,59% tinham dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso para os devedores é de 26 meses, com cerca de 40,63% deles ficando inadimplentes por um período de 1 a 3 anos.
Reincidência de inadimplentes
A maioria das negativações em São Paulo (86,25%) em fevereiro deste ano envolveu pessoas que já haviam sido incluídas no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Isso inclui desde aqueles que continuaram com dívidas não pagas e foram negativados novamente até aqueles que, mesmo tendo quitado as dívidas anteriores, voltaram a ser incluídos na lista de inadimplentes.
Deste total, 62,58% correspondiam a consumidores que ainda não haviam quitado suas dívidas antigas até o mês em questão. Além disso, 23,68% das negativações foram de consumidores que haviam saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram em fevereiro.
Cerca de 13,75% das negativações não foram de consumidores reincidentes nos últimos 12 meses, o que significa que uma pequena parcela dos devedores não havia enfrentado restrições no CPF durante esse período.
Devedores por gênero e idade
Grande parte dos devedores em São Paulo está na faixa etária de 30 a 39 anos, representando 25,64% do total. Quanto ao sexo, tanto homens quanto mulheres contribuíram de forma equilibrada, com 50,24% sendo mulheres e 49,76% homens.
“Com o período pós-festivo, como o carnaval, muitos consumidores enfrentam um cenário de maior pressão financeira, contribuindo para o aumento da inadimplência”, explica Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP.
Em média, cada consumidor inadimplente no estado tinha 2,146 dívidas em atraso. Esse número ficou ligeiramente acima da média da região Sudeste (2,140 dívidas por pessoa inadimplente) e também acima da média nacional registrada no mês (2,105 dívidas para cada pessoa inadimplente).
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