Google pode começar a cobrar por buscas com sua Inteligência Artificial generativa

Os planos de assinatura poderiam ser uma forma encontrada pela empresa para cobrir os custos do processamento por IA

O Google está avaliando cobrar pelas pesquisas realizadas em seu mecanismo de busca que façam uso de Inteligência Artificial (IA), segundo o Financial Times. Se for concretizado, o plano seria um desvio do modelo de negócios da companhia, que oferece serviços gratuitos baseados na extração de dados dos usuários para a venda de publicidade.

Segundo a reportagem, usuários teriam que pagar uma assinatura premium para ter acesso aos novos recursos de pesquisa, que trariam respostas similares ao ChatGPT. Os usuários pagantes continuariam a ver anúncios na ferramenta, tal como os não pagantes, que teriam acesso apenas ao mecanismo de busca tradicional. No ano passado, o Google lançou para alguns usuários a versão da sua ferramenta de buscas com IA generativa.

Os planos de assinatura poderiam ser uma forma encontrada pela empresa para cobrir os custos do processamento por IA, que são mais caros do que das buscas tradicionais. Há relatos de que a Microsoft e a OpenAI, do chatGPT, estão planejando construir um supercomputador chamado Stargate em conjunto com um data center, no valor de US$ 100 bilhões (aproximadamente meio trilhão de reais) para suprir a demanda crescente de processamento do serviço de inteligência artificial da OpenAI.

A notícia, que sinaliza que a empresa está buscando alternativas ao seu modelo baseado em publicidade, fez com que as ações da Alphabet caíssem cerca de 1%.

“Não estamos trabalhando ou considerando uma experiência de pesquisa sem anúncios. Como já fizemos muitas vezes antes, continuaremos a desenvolver novos recursos e serviços premium para aprimorar nossas ofertas de assinatura no Google”, disse a empresa à Reuters, quando questionada.

O buscador do Google vem enfrentando grande concorrência desde o lançamento do ChatGPT, no final de 2022, e a inclusão do Copilot, IA da Microsoft, no rival Bing, além de competidores pouco prováveis como o TikTok.

Com informações de Estadão Conteúdo(Henrique Sampaio).
Imagem: Shutterstock

Redação

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