Nesta semana que antecede a ABF Franchising EXPO – feira realizada pela Associação Brasileira de Franchising, que chega a sua 27ª edição e contará com mais de 400 marcas expositoras, sendo destas, 124 marcas estreantes (31% do total) – uma característica chama a atenção: a maior parte dos expositores apresentam negócios que contam com pontos de venda não tradicionais – ou seja, que não ficam estabelecidos em lojas de rua ou de shoppings. São negócios baseados em delivery, home based, televendas ou venda direta. Não precisam de ponto comercial. E quando necessitam, existe uma profusão de negócios que se encaixam no formato de quiosques. Este sim, é um território promissor, pois muitas marcas preferem reduzir o mix de produtos e lançar franquias com investimento baixo.
Muitas das marcas sofreram com a crise nos últimos anos e tiveram que fechar algumas lojas. Uma das soluções foi criar modelos enxutos de franquias, que pedem um investimento menor do franqueado. Franquias abaixo de R$ 180 mil são muito mais fáceis de comercializar. Empresas deste modelo ocuparão grande parte dos estandes da EXPO.
Dentro desta realidade, existe uma parcela de franquias que vão de vento em popa. São as de serviços, saúde, beleza e bem estar. São negócios que, em sua maioria, não necessitam de estoques e de comercialização de produtos.
De acordo com dados da ABF, estes segmentos cresceram 12,7% em 2017, apresentando o maior crescimento entre as categorias de franchising, na comparação com o ano anterior.
A principal vantagem destas franquias é serem investimentos muito mais baratos e acessíveis do que os modelos tradicionais, além de terem custos operacionais reduzidos e estruturas mais enxutas.
As franquias de serviços oferecem desde serviços domésticos, construção civil, contabilidade até comunicação por redes sociais, pets, assistência técnica, treinamento e consultorias, educação, entre outras.
Nas áreas de saúde, beleza e bem-estar, destacam-se as clínicas populares e odontológicas, estética, cuidados para terceira idade, as franquias de sobrancelhas, cuidadores de idosos, clínicas de saúde em geral, spas, centros de depilação e salões de beleza, além de serviços delivery de beleza, como manicure e massagem.
Este momento das franquias vem bem ao encontro de um outro movimento em curso dentro dos shopping centers. Nos próximos anos, com a profusão do e-commerce e das novas tecnologias, as pessoas já estão comprando menos nos centros comerciais. Mas a enorme gama de franquias que está surgindo em serviços, logo, logo, ocupará parte significativa do mix dos shoppings. Seguindo a tendência do “terceiro lugar”, uma expressão que se traduz como um outro lugar para as pessoas passarem cada vez mais seu tempo além da sua residência e de onde trabalha; os shopping centers dedicarão muito mais seus espaços para negócios ligados a conveniências, serviços, saúde, beleza e bem estar, além de gastronomia e entretenimento. Ótimo para o consumidor, que continuará tendo diversos motivos para continuar visitando o seu shopping center.
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