O programa “De Volta ao Ciclo”, da varejista Fast Shop, encerrou o primeiro trimestre deste ano com mais capilaridade e coletores instalados em 79 lojas físicas da rede espalhadas pelo Brasil, incluindo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, entre outros Estados.
O objetivo do programa é potencializar o impacto positivo do descarte correto de eletrônicos de pequeno e médio porte, como celulares, micro-ondas, televisores e notebooks, nas regiões em que a marca está presente. A ação da Fast Shop vale também para eletrônicos que não tenham sido adquiridos na rede.
“Temos como missão encantar e cuidar dos clientes por toda vida. E não há como ignorar a importância da preservação ambiental para que isso seja possível. Estamos empenhados em desenvolver cada vez mais ações e práticas sustentáveis como um pilar central de nossos negócios, em total alinhamento com as necessidades do mundo atual”, avalia o diretor-geral de operações da Fast Shop, Eduardo Salem.
O executivo conta que a empresa está fazendo testes para viabilizar a coleta de produtos da linha branca, de grande porte, como refrigeradores, fogões e máquinas de lavar, por exemplo. “Assim, apoiamos o cliente que, após substituir um equipamento deseja dar a adequada destinação ao antigo.”
Principais itens coletados
A Fast Shop investiu na estruturação de 13 pontos de consolidação – postos de armazenamento de produtos antes do descarte – desde o início de 2021. Hoje já são 15 pontos. No ano passado, cabos, fontes, extensões, fones de ouvido, celulares e notebooks foram os principais itens coletados.
O Brasil é o quinto maior gerador desse lixo no mundo. Mesmo assim, muita gente ainda não sabe o que é esse tipo de resíduo e como ele deve ser descartado para evitar danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Segundo uma pesquisa divulgada pela Green Eletron e conduzido pela Radar Pesquisas, a maior parte dos brasileiros (87%) já ouviu falar em lixo eletrônico, mas um terço (33%) acredita que esse lixo está relacionado ao meio digital, como spam, e-mails, fotos ou arquivos.
Para outros 42% dos brasileiros lixo eletrônico são aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos quebrados e 3% acreditam que são todos os aparelhos que já viraram lixo, ou seja, apenas os que foram descartados, inclusive aqueles que acabam incorretamente em aterros ou na natureza.
Quando o descarte é feito de forma incorreta, ou seja, no lixo comum, a prática leva à poluição do ar, do solo e das águas por metais pesados como cobre, mercúrio, arsênio, zinco e chumbo, por exemplo, colocando em risco todos os tipos de vida do planeta.
Processo feito pela Fast Shop
O processo de descarte é feito, em grande parte, pela Fast Shop. “Depois que o consumidor leva o produto até um ponto de coleta, fazemos a logística reversa, atuando no recolhimento, armazenamento e direcionamento do lixo eletrônico para a Green Eletron”, explica o diretor-geral.
A gestora, criada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) em 2016, não tem fins lucrativos e já direcionou mais de 2.355 toneladas desse tipo de resíduo. A Fast Shop foi a primeira varejista a assinar o Termo de Cooperação com a Green Eletron, em 2017.
“Para alcançarmos resultados satisfatórios é importante unirmos os esforços. A parceria nos dá grande orgulho, porque, com ela, seguimos com mais força no incentivo à reciclagem de eletroeletrônicos, levando diversos benefícios ao meio ambiente”, diz Ademir Brescansin, gerente-executivo da gestora.
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