Conversas difíceis: construindo um ambiente de trabalho saudável

Hoje, ao chegar no trabalho, você pode se deparar com um “elefante branco” no meio do escritório. Você sabe da sua existência, mas, mesmo assim, a situação não fica menos constrangedora. O animal representa aquela conversa difícil que nunca acontece, a situação que afeta toda a equipe, mas nunca é falada abertamente. Quanto mais o tempo passa, mais complicado fica de resolver.

Pedindo licença para usar mais uma analogia: o ambiente de trabalho vira uma panela de pressão prestes a explodir e, nesse processo, leva consigo o bem-estar dos colaboradores e o bom andamento da empresa.

Ao longo do mês de setembro, vemos uma série de ações para promoção da saúde mental, e não é à toa que grande parte dessa discussão acontece dentro das empresas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de meio milhão de profissionais deixaram seus empregos por questões de saúde mental entre 2019 e 2020.

Estresse, depressão e ansiedade lideram o ranking de doenças desenvolvidas dentro do ambiente de trabalho. Por essas e outras razões, ter conversas difíceis é tão importante. Esses diálogos são oportunidades para identificar e resolver problemas, permitindo que a equipe se sinta ouvida e apoiada em momentos de dificuldade.

Ao lidar com conflitos e questões de maneira construtiva, reforçamos uma cultura de respeito e empatia, elementos-chave na promoção da saúde mental no trabalho. Investir nesse equilíbrio e promover conversas difíceis não apenas beneficiam nossos colaboradores, mas também fortalecem nossas empresas como um todo.

Isso cria um ambiente de trabalho mais saudável, onde o desenvolvimento profissional e pessoal coexistem harmoniosamente, impulsionando o sucesso organizacional. É hora de liberar aquele elefante branco.

Rodrigo Maia dos Santos é CEO da Gonow1.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock

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