As dívidas contraídas pela Subway somam R$ 482 milhões. A informação consta do pedido de recuperação judicial feito nesta semana pela SouthRock, a companhia responsável, no Brasil, pelas marcas Starbucks, Eataly, TGI Fridays e Brasil Airport Restaurantes (Bar). O protocolo foi registrado na 1ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca de São Paulo, assim como o anterior, para a Starbucks – e aceito pela Justiça no final do ano passado -, mas a Subway havia sido excluída do processo, em dezembro de 2023.
No pedido, a SouthRock afirma que a exclusão da Subway, na época do pedido de recuperação da Starbucks, considerou “a postura colaborativa até então adotada por relevante parte dos credores financeiros”. Esse cenário, porém, acabou mudando com o passar dos meses.
A empresa diz que um pequeno grupo de credores “entendeu por bem interromper as produtivas e amigáveis negociações e conversas que até então vinham sendo mantidas e, inesperadamente, passou a perseguir, de maneira forçada e unilateral, a imediata satisfação de seus créditos”.
Diante da mudança nas negociações com os credores, ainda segundo o documento, a proprietária da marca nos Estados Unidos teria notificado o grupo SouthRock, o que culminaria, agora, no pedido de recuperação da rede no Brasil.
“Em outras palavras: em vista da superveniente necessidade de se socorrerem de seu pedido de recuperação judicial, as ora requerentes distribuem o presente pedido por dependência à recuperação judicial SouthRock com o objetivo de mitigar o risco de serem proferidas decisões conflitantes que desestabilizem processual e juridicamente o pretendido soerguimento financeiro das sociedades integrantes do Grupo SouthRock em ambos os pedidos de recuperação judicial”, afirma a defesa da rede.
Decisão do TJ
Foi o desembargador Sérgio Seiji Shimura, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), quem determinou o processamento da recuperação judicial da SouthRock Capital, no dia 7 de dezembro de 2023.
Também foi o desembargador quem reformou a sentença da 1ª instância, então proferida pelo juiz Leonardo Fernandes dos Santos, e desobrigou a inclusão do Eataly e da Subway no processo.
Para Shimura, não é obrigatória a inclusão do Eataly e Subway na recuperação porque “ninguém é obrigado a litigar contra a sua vontade”.
Com informações de Estadão Conteúdo (Wesley Gonsalves)
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