Na última semana ocorreu o Latam Retail Show e, com a participação de Rodrigo Maingué, business director da Nestlé Professional; Alessandro Rios, diretor-geral Brasil da Martin Brower; e João Bibar, general manager da Pede Pronto, conduzi o painel Food Brain, cujo objetivo principal foi discutir as iniciativas ligadas a inteligência artificial já iniciadas pelas empresas e nos desafiarmos a juntos compormos uma visão integrada sobre a aplicação dessa tecnologia em todos os elos da cadeia do foodservice.
Neste artigo, eu gostaria de adicionar alguns pontos com aprendizados complementares vivenciados nesse evento tão poderoso.
O primeiro é a mentalidade de contínua evolução, crescimento e compartilhamento das melhores práticas. Observar o contexto atual e projetar sua empresa para um futuro, na maioria das vezes, não é totalmente claro, exige um balanço entre boas escolhas e coragem. A tecnologia representa uma alavanca invisível para o sucesso dessa construção.
Quando falaram sobre suas empresas, os convidados do painel demonstraram o arrojo dessas ações, mas reforçaram a importância da colaboração entre quem se beneficiará das informações geradas e quem controla/provê a tecnologia para que efetivamente beneficie negócios, pessoas e ressoe por toda a cadeia.
Um profundo olhar para os times foi outra provocação insistentemente feita durante o evento. Reconhecimentos, agradecimentos públicos e a clara sinalização de que as empresas irão, cada vez mais, estimular o autogerenciamento de carreiras, mas apoiarão com caminhos e plataformas para os que desejarem buscar esse conhecimento, inclusive, para além das suas empresas, assumindo um papel maior ante os desafios do Brasil.
A globalização de aprendizados e a realização de mergulhos profundos para encararmos com clareza e consciência os déficits culturais, cognitivos e econômicos do País ficaram exacerbados. E, ao mesmo tempo, assumirmos com orgulho todos os avanços já obtidos e a importância que o Brasil efetivamente tem na América Latina e no mundo tornou-se imperativo.
O Food Brain, ou melhor, o cérebro que irá dirigir o foodservice é o human-tech empenhado em tornar a vida de clientes metamórficos cada vez mais fácil e feliz.
Fica para mim uma grande mensagem e sentimento nesse Latam Retail Show de que o equilíbrio em nossos ecossistemas de negócios é fundamental. Se alguém está sendo achatado ou não está integrado à evolução do todo é necessário mobilizar-se e apoiar.
Somente juntos e em relações justas seremos mais fortes, maiores e melhores.
Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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