Os bancos vão deixar de oferecer as operações via DOC (Documento de Ordem de Crédito) a partir de 29 de fevereiro de 2024. O uso dessas operações vem caindo continuamente nos últimos anos, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020.
Segundo levantamento da Febraban, com base em dados divulgados pelo Banco Central, em 2022, foram feitas 59 milhões operações via DOC, apenas 3,7% do total de 63,071 bilhões de transações feitas no ano.
O DOC ficou bem atrás dos cheques (202,8 milhões), Ted (1,01 bilhão), boleto (4 bilhões), cartão de débito (15,6 bilhões), cartão de crédito (18,2 bilhões) e do Pix, a escolha preferida dos brasileiros, com 24 bilhões.
Além do DOC, serão descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.
Custo-benefício dos clientes
Segunda a Febraban, a extinção das duas modalidades de meio de pagamento também foi motivada pela experiência e o custo-benefício aos clientes.
Com o surgimento do Pix e a alta movimentação bancária com menores taxas, tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes, que têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito e instantâneo”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Segundo a entidade, tanto na TEC quanto o DOC, o valor máximo transacionado é de até R$ 4.999,99, que pode ser agendado para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente.
As movimentações feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem de transferência, enquanto a TEC garante a transferência de recursos até o final do mesmo dia em que foi dada a ordem.
A diferença entre as operações é que a TEC possibilita ao emissor transferir recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, o que não é possível no caso do DOC. Com relação a tarifas, cada banco institui o valor cobrado pelas transações em seus diferentes canais de atendimento ao cliente.
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